segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Espiritualidade

As pessoas paradas em pé escutavam suas próprias músicas, mergulhadas em seus únicos pensamentos. Enquanto ela, a menina -com cara de mulher- lia atentamente: "suponhamos que existisse no universo um planeta no qual fosse possível nascer uma segunda vez. Ao mesmo tempo, nos lembraríamos perfeitamente da vida que tínhamos levado na Terra; de toda experiência que teríamos aqui adquirido. Talvez existisse um planeta em que se nascesse uma terceira vez, com experiência de duas vidas já vividas".
Lembrou de sábado à noite, quando estava sentada na calçada de madrugada com amigos, ouvir um taxista de cabelos brancos dizer:  
-"a vida acaba aqui? Ué, então vamos matar, roubar, fazer de tudo, não é? É assim que eles pensam. É fácil demais usufruir de um pensamento desse. Para que fazer o bem, então? Se fosse assim, exatamente assim, não teria um porquê".
E continuou a ler: e, talvez, um outro planeta e outros mais, em que a espécie humana renasceria, subindo cada vez um degrau a mais (uma vida) nas escala do amadurecimento. Era essa a ideia que Tomas fazia do eterno retorno". 

"Nós, aqui na Terra (no planeta número um, no planeta da inexperiência), podemos ter apenas uma ideia muito vaga daquilo que acontece com o homem nos outros planetas. Teria ele mais sabedoria? Estaria a maturidade a seu alcance? Poderia atingi-la através da repetição?", e suspirou "...o otimista é aquele que acredita que a história humana será menos sangrenta no planeta número cinco. O pessimista é aquele que não acredita nisso".

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Des-gosto

Agosto passou. Finalmente!
Não. Finalmente coisa-nenhuma.
Agosto passou e deixou em Setembro
o (des)gosto de ter que passar por Agosto.
Está aberta a caça às Bruxas
e a tudo de sobrenatural.
Bichos escrotos, voltem para o esgoto.
Homens primatas, voltem para suas cascas.
E não. Não é Halloween. Ainda.
É só Agosto.
E o resto de um Des-gosto.